Pós-graduandos escolherão
representantes
Por Nadjara Martins
Os cerca de oito mil estudantes
de pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB) poderão eleger diretamente
os integrantes de sua associação. Além disso, pela primeira vez desde que foi
criada, há mais de 20 anos, a Associação dos Pós-Graduandos (APG) da
universidade terá votação direta para formação da diretoria e representação
discente no Conselho Universitário (Consuni), no Conselho de Administração
(CAD) e em outros 16 conselhos administrativos da UnB. A decisão foi tomada em
assembleia por estudantes na noite desta quinta-feira (13).
A eleição será realizada apenas
no campus Darcy Ribeiro e nomeará uma chapa para ocupar todas as cadeiras na
diretoria da APG. Desses membros, alguns também serão escolhidos pelos
estudantes de pós-graduação para compor os 18 conselhos administrativos da universidade.
A votação está prevista para o dia 25 de julho e qualquer aluno pode concorrer
desde que esteja regularmente matriculado em um dos 81 programas de
pós-graduação da universidade.
Jéssica Gotlib
 |
Por 25 votos, foi decidido que a eleição será em assembleia. |
Realizada por um quórum de 45
estudantes, a reunião representa a maior assembleia já reunida pela entidade,
segundo o atual presidente da associação, Fábio Borges. “É muito difícil reunir
um corpo de oito mil estudantes de pós-graduação pela nossa realidade. Muitos
não sabem que possuem uma entidade representativa. São estudantes que estudam e
trabalham. Alguns nem estão em sala de aula, pois fazem especializações a
distância”, justifica.
O processo eleitoral escolhido,
no entanto, não agradou a todos. O grupo Pós em Movimento, composto por
estudantes que já fizeram parte da diretoria da APG, considera as decisões
tomadas em assembleia algo ilegítimo, pois não representa a totalidade do
movimento da pós-graduação. Eles também questionam a majoritariedade das
eleições para os conselhos estudantis – uma das decisões tomadas durante a
reunião – escolhida por 20 dos 18 presentes.
As dificuldades de realizar
eleições na associação também abrangem a indefinição sobre qual estatuto rege a
entidade. Existem dois: o primeiro, feito em 2001 e outro criado em 2006, mas
nenhum deles define de que forma deve ser feito o processo eleitoral da
entidade. Até o ano passado, as eleições tanto para diretoria quanto para
representantes em conselhos eram feitas por "consenso". Não havia
formação de chapa; porém, integrantes de vários movimentos eram escolhidos para
compor a administração.
Para o atual presidente da APG,
Fábio Borges, existe um lado positivo na disputa entre grupos pela diretoria da
APG. “Estamos vivendo um momento único, pois estamos tendo participação maior
nas assembleias. A APG está reconhecendo as suas dificuldades e fragilidades
enquanto movimento estudantil. Se conseguirmos reunir aos poucos esses estudantes,
no futuro nada impede que possamos mobilizar os oito mil pós-graduandos”,
afirma.
Sobre a APG
Criada em 1987, a Associação de
Pós-Graduandos Ieda Delgado é composta por cinco a dez estudantes. Representa
cerca de oito mil estudantes de pós-graduação, reunindo mestrado, doutorado e
especializações, distribuídos em 81 programas da UnB. As eleições são
realizadas anualmente e passarão, a partir deste ano, a eleger tanto a
diretoria quanto as representações estudantis para os conselhos universitários.
Camila Curado

Editor do Blog: Temos discordância e correção ao confuso conteúdo desta matéria do Campus on line de 14/6/2013. Onde o texto diz " considera as decisões
tomadas em assembleia algo ilegítimo", não representa nossa ideia. Entendemos que estas assembleias, embora legítimas, não servem de parâmetro de expressão do pensamento da totalidade d@s pós-graduand@s sobre determinados temas. O atual contexto o movimento é a prova disso, vide o quórum em relação ao conjunto d@s pós-graduand@s da UnB. Não há como responder, baseado nos resultados das assembleias, que a maioria dos estudantes da pós são a favor da eleição em assembleia, e não da forma direta através de urnas localizadas onde funcionam seus respectivos programas? Não há como afirmar, baseado em assembleias com um poucos mais de 40 pessoas, se os estudantes da pós são a favor da majoritariedade para representação da composição dos conselhos superiores? Que os estudantes são contra a instalação do conselho diretor? A única certeza é a posição do grupo político que dirige atualmente a APG.
Refutamos a informação que o movimento da pós é composto somente por estudantes que já foram da gestão anterior. A verdade é que há pessoas que participaram de gestão anterior que apoiam o movimento, o que é legítimo para qualquer estudante e não ao contrário. Somos estudantes que nunca participaram de qualquer gestão da entidade. Assim como há elementos que compõe e/ou apoiam a gestão atual que foram de gestões passadas. Isto vem sendo escamoteado para a base em geral.
Correção a matéria. Onde se diz "20 dos
18", considere que a votação pela majoritariedade foi de 20 a 18.
Pode-se observar, a partir da matéria e pelo resultado da assembleia, que não
é ponto pacífico entre os pós-graduandos formas majoritárias de encaminhar a
democracia na representação discente. O próprio resultado majoritareidade versus proporcionalidade demonstra esta divisão de percepção.
O movimento da pós sempre defenderá
eleições diretas em urna em todos os programas da universidade, não em
assembleia onde setores do grupo político que compõe a gestão atual se dizem
"vanguarda" e a fração, supostamente "mais avançada da pós graduação", não acreditamos nisso e muito menos neste
método de condução do movimento. Continuaremos a luta em defesa da
proporcionalidade como forma de expressar a diversidade de ideias. A
majoritariedade e a forma de eleição em pequenas assembleias não representam o pensamento de grande maioria dos estudantes, não fazem sentido para o nosso movimento tal premissa.
A
visão do movimento da pós é que as eleições sejam diretas e com urnas que cheguem aos 8.000 estudantes e a proporcionalidade como forma de garantir a
diversidade de ideias.
Fonte: Campus on line
NOTA CONTRA GOLPE QUE A ATUAL GESTÃO ESTÁ PREPARANDO
 |
ASSEMBLEIA
GERAL DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO DIA:04/06/13
(TERÇA-FEIRA) LOCAL:
ICC, BT 648 HORÁRIO:
19H |
A
gestão quer dar um golpe, mudam a pauta da assembleia que foi definida
por outra assembleia - logo não podem mudar a pauta, pois assembleia é
superior a diretoria da APG - colocando um ponto antes de eleição, pra
discutir estatuinte depois de iniciada a discussão sobre eleição e há 23
dias de expirar seu mandato. E pra quê? Pra aprovar um estatuto quando
há outro que é anterior e o único registrado em cartório e com CNPJ.
Proponho amanhã que:
1.mantenhamos a pauta original;
2. decidamos a forma de eleição, votação em urna e sua data;
3. comissão eleitoral.
PÓS-GRADUAND@S, SABEMOS:
A PÓS PRECISA DE MAIS ATENÇÃO
MAS POR NOSSA FALTA DE ATENÇÃO,
VEJAM O QUE PODE ACONTECER!
1. A PÓS-GRADUAÇÃO PRECISA DE:
• Ampliação do financiamento para pós-graduação (laboratórios, bolsas…);
• Ampliação e melhoria das condições de moradia para pós-graduand@s;
• Taxa de bancada para todos os bolsistas;
• Segurança nos campi da UnB;
• Sede e domínio na página da UnB para a Associação de Pós-Graduandos da UnB (APG-UnB)
• Representação nos Colegiados com base em consulta e debate com os pós-graduandos
• Eleições em urna para a APG, única entidade da UnB que não elege diretamente sua direção.
2. A Associação de Pós-Graduandos pode ser instrumento para essas conquistas, se ATUAR COM SERIEDADE, ORGANIZAÇÃO, TRANSPARÊNCIA, DEMOCRACIA E AFINCO, mas o atual mandato está se encerrando neste mês;
3. Queremos renovar nossa entidade pelo meio que envolva mais estudantes, VOTAÇÃO EM URNA. Neste dia 4 de junho, por decisão de uma ASSEMBLEIA GERAL DE PÓS-GRADUAND@S isso deveria ser alvo de debate e de decisão;
4. MAS...a diretoria da atual gestão, HÁ DIAS DE ENCERRAR SEU MANDATO, mudou a pauta dessa assembleia, mesmo essa pauta sendo decisão de uma assembleia geral anterior, instância superior à diretoria, para mudar o estatuto da entidade, trocando o atual, REGISTRADO EM CARTÓRIO E COM CNPJ, por um estatuto que nem é registrado e é quase igual ao que estatuto válido, isso para ser debatido antes da eleição. Uma estatuinte é assunto para mais de uma assembleia, sabe-se bem. Tudo isso porque a atual direção da APG declaradamente não quer que a eleição seja em mais de um dia, em vários turnos e locais, ou seja, por votação em urna, diferente de eleição por assembleia, como querem.
ISSO É CASUÍSMO, GOLPE CONTRA O MOVIMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO
AO NEGAR UM DE SEUS ISNTRUMENTOS DE LEGITIMIDADE
E CAPTAÇÃO DE RECURSOS
EM BENEFÍCIO DE SE MANTEREM NA ENTIDADE, HOJE DISTANTE DOS ESTUDANTES.
ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO
DIA:04/06/13 (TERÇA-FEIRA)
LOCAL: ICC, BT 648
HORÁRIO: 19H
COMPAREÇA E NÃO DEIXE
QUE DECIDAM CONTRA VOCÊ E EM SEU NOME
Sobre a situação política e a crise na representação da APG/UnB
).
 |
Será hoje às 19h00 no CEUBINHO
Hoje
é a assembleia da Associação de Pós Graduandos da UnB, que enfrenta
gravíssima crise. Debaterá a eleição. Eu e Roberto, que temos
participado muito desse debate, estamos doentes. Ele com uma
gripe/virose, eventualmente febre e muita tosse, Eu, em crise de coluna.
Nessa hora precisamos da ajuda dos colegas da graduação e da pós que
concordam com a reflexão que temos levado adiante com outros
companheiros e companheiras sobre a crise do movimento da pós da UnB e
dessa atual diretoria. Por Paulo Vinícius.
|
Qual o debate? Os que usam máscaras e um não representativo setor
trosko filo-petistas se apropriaram da representação da pós e dirigem a
APG apostando no seu esvaziamento e em manobras regimentais descaradas
para assumir a totalidade da representação da pós nos colegiados, o que
tem feito enorme dano para os estudantes e a universidade. Está em
disputa o que representam os e as estudantes para a universidade, o que
depende de como são representados nos espaços do debate público
universitário, que tem se democratizado. Na APG, tem regredido.
Desqualificados, fracos, confusos e sectários, com uma ou outra
exceção, fazem uma oposição sem princípios a qualquer melhora da UnB que
venha da administração, excluem visões diversas, defendem a
majoritariedade como método de condução do ME da pós, com a consequente
exclusão de todas as demais visões. Rebaixados, são muito ruins para
reprresentar a ANPG na capital do país. Não debatem os temas
da pós, dos estudantes, abandonados e dispersos sem atenção às suas
demandas reais. Saúde no campus, qualidade da pós graduação, eficiência
administrativa e maior didatismo da UnB para com os estudantes, os
dilemas dos estudantes trabalhadores e sua passibilidades/limites de
interagir com a instituição, a cultura, a violência e a segurança no campus, o financiamento da pesquisa e das atividades de intercâmbio, os
estudantes no exterior. Nada disso pode debater a APG e encaminhar
porque é um mero aparelho de forças ultra-esquerdistas que excluem a
maior força da APG: a unidade de uma direção democrática e que recebe a
contribuição dos estudantes.
O Movimento da Pós é a Pós em Movimento.
Debateremos hoje regras da eleição da APG. Achamos que deveria haver
uma eleição direta para a direção e TODOS os conselhos. Os donos do
movimento, a "diretoria", quer reunir uns 40, 50 estudantes, e decidir
tudo sem mudar quase nada, mas com o lastro legitimador da mediocrização
da democracia que eles promoveram. É verdade que o esvaziamento é de
longo prazo, mas só muito recentemente ele foi elevado à condição de
método de trabalho. Não é que apenas há desinteresse, é que eles se
mantém na APG graças e pela utilização desse desinteresse, reproduzindo
as piores práticas burocráticas que tanto criticam. Os
estudantes precisam virar esse jogo. Que floresçam mil flores, e possam
os e as pós-graduandos reinventarem o movimento, mostrando que o jogo é
limpo, e não eivado de vícios excludentes, como a majoritariedade no
esvaziamento, ponto mais baixo das democracias liberais de baixa
intensidade de Schumpeter. Eles acham que os estudantes não
são capazes, não estão interessados, que a escala dos oito mil é
demasiada e que tem de ir tocando as coisas com o cinismo dos
iluminados. Em sua viperina crítica ao liberalismo, incorporam sua pior
expressão democrática no movimento da pós, que, claro, esvai-se.
Pós-graduandos(as) com filhos, trabalho, tarefas, representatividade
social, sem tempo, em meio à dispersão da UnB e sem informação, como
poderiam atender a tantos meandros para assim ajudar o movimento?
Enquanto isso, eles ficam sentados em cima da nossa APG. Nós
achamos de outro modo. É preciso debater com todos os estudantes, sem
pedir carnê ideológico, tratando a APG de modo republicano quanto à
reunião de forças para mudar o movimento de pós-graduação da UnB. Só uma
eleição direta na APG permitirá aos representados terem a chance de
debater sua representação. Só assim será possível aquilatar que tipo de
movimento os e as estudantes querem, que pautas, que mecanismo para
aferir a opinião da maioria. Isso tudo sera debatido e talvez
até decidido hoje à noite, no CEUBINHO, e a participação de vocês é
fundamental. Como decidir sobre isso sem a sua opinião? Qual é a sua
opinião? Diante de limites físicos e políticos, só a participação pode
abrir um caminho diferente para a APG. Depende de todos nos. E é hoje à
noite que é necessário participar para abrir a possibilidade de
participação dos demais, Todos somos necessários. Chega de
aparelhismo, chega de a APG UnB ser a única representação discente
eleita sem votação direta, assim como seus representantes nos conselhos.
O movimento pode muito mais, porque é a pós, com todos os seus
talentos, em movimento. Por Paulo Vinícius - Mestrado do CEPPAC/UnB.
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