Mostra do 3° Salão Nacional de Divulgação prorroga recebimento de trabalho para o dia 17 de junho | |
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DPP publica editais - Confira oportunidades para iniciação científica
O
Programa de Iniciação Científica (ProIC) do Decanato de Pesquisa e
Pós-Graduação (DPP) torna público dois novos editais, com vigência no
período de agosto de 2013 a julho de 2014:
- Edital ProIC/DPP/UnB – PIBIC nas Ações Afirmativas (CNPq) 2013/ 2014, com inscrição no formato impresso, até o dia 12/06/2013;
- Edital de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI)/CNPq Programa de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (ProIC)/DPP/UnB – 2013/2014, com inscrições por meio do sistema de bolsas -SIBOLW, até o dia 12/06.
Os editais e o modelo de plano de trabalho do aluno estão disponíveis na página do ProIC.
EDITAL 01/2013 - APOIO À PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS
A FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO DISTRITO FEDERAL (FAPDF), vinculada
à SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO DISTRITO
FEDERAL, nos termos do Decreto nº 27.958, de 16 de maio de 2007,
publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), de 17 de maio de
2007 e, no uso de suas atribuições, TORNA PÚBLICO o presente Edital e
convida os Pesquisadores Doutores ou Mestres e Alunos de Doutorado,
Alunos de Mestrado e Alunos de Graduação que fazem parte de Programas de
Iniciação Científica, a submeterem propostas de apoio à participação em
eventos de natureza Científica, Tecnológica e Inovação (CTI), no País
ou no Exterior, sendo estas: apresentação de trabalhos em congressos ou
similares; cursos de curta duração em instituições publicas ou privadas,
que desenvolvam atividades voltadas à Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) CTI; visitas técnicas em instituições de P&D e CTI.
1 DO OBJETIVO
1.1 Apoiar a apresentação de trabalhos em eventos CTI, no País ou no Exterior;
1.2 Apoiar cursos de curta duração em P&D e CTI, no País e no Exterior, no máximo de 15 (quinze) dias;
1.3 Apoiar visitas técnicas a instituições de P&D e CTI, no País e
no Exterior, no máximo de 30 (trinta) dias, visando o desenvolvimento
CTI no Distrito Federal, por meio da aquisição de conhecimentos
específicos.
2 DAS DEFINIÇÕES DOS EVENTOS CIENTÍFICOS, TECNOLÓGICOS E DE INOVAÇÃO, NO PAÍS E NO EXTERIOR.
2.1 Eventos Nacionais – Congressos e similares realizados no País, fora do Distrito Federal;
2.2 Eventos Internacionais – Congressos e similares realizados no Exterior;
2.3 Curso de Curta Duração – Cursos com duração máxima de 15 (quinze)
dias realizado em Centros de Excelência em P&D CTI, no País (fora
do Distrito Federal) e no Exterior.
2.4 Visitas Técnicas – Treinamento e/ou atividades de pesquisa que
podem ser realizadas durante visitas de curta duração, máximo de 30
(trinta) dias, em Centros de Excelência em P&D CTI, no País (fora do
Distrito Federal) e no Exterior.
4 DO PÚBLICO ALVO
4.1 Pesquisadores Doutores;
4.2 Pesquisadores Mestres;
4.3 Alunos de Doutorado;
4.4 Alunos de Mestrado; e
4.5 Alunos de Graduação - que fazem parte de Programas de Iniciação Científica.
4.6 Todos, acima citados, devem ter vinculo com Instituições de
Ensino e/ou Pesquisa, Públicas ou Privadas, sediadas no Distrito
Federal.
4.7 A participação em Eventos, Curso de Curta Duração e Visitas
Técnicas Internacionais só será permitida a Pesquisadores Doutores,
Pesquisadores Mestres e Alunos de Doutorado.
5 DAS CONDIÇÕES
5.1 DAS CONDIÇÕES GERAIS
5.1.1 O proponente deve atender as seguintes condições:
5.1.2 Ter nacionalidade brasileira ou visto permanente de residência no País, no caso de estrangeiro;
5.1.3 Ser residente e domiciliado no Distrito Federal;
5.1.4 Ter o currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes do
Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
com certificação no período dos últimos 06 (seis) meses;
5.1.5 Ter formação e/ou experiência compatíveis com a natureza temática do evento;
5.2 DAS CONDIÇÕES ESPECÍFICA PARA PESQUISADORES
5.2.1 Ter vínculo formal, de caráter permanente ou temporário, com
Instituições de Ensino e/ou Pesquisa, Públicas ou Privadas, sediadas no
Distrito Federal;
5.2.2 Ter título de Doutor ou Mestre, reconhecido na forma da legislação brasileira.
5.3 DA CONDIÇÃO ESPECÍFICA PARA ALUNOS
5.3.1 Estar devidamente matriculados em curso de pós-graduação
stricto sensu ou em cursos de graduação que mantenham programas de
iniciação científica.
Para continuar ler, click aqui.
Melhora a avaliação da UnB frente às universidades da América Latina
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Universidade expande o número de cursos e de alunos |
UnB vai para 21º no ranking dentre as latino-americanas e tem o nono lugar entre as brasileiras
Maria Thereza e Fernando Molina - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Maria Thereza e Fernando Molina - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A UnB subiu quatro posições no ranking das
melhores universidades da América Latina. Pesquisa realizada pelo grupo
britânico Quacquarelli Symonds mostra uma evolução da 25ª posição,
ocupada no ano passado, para 21ª. O estudo também classifica a
Universidade de Brasília como a nona melhor do Brasil e a quinta entre
as federais.
Os critérios avaliados foram a
reputação da instituição no meio acadêmico e no mercado de trabalho, a
produção do corpo docente, as citações por trabalho, a proporção entre
professores e estudantes, a quantidade de docentes com doutorado e a
visibilidade na internet.
Na avaliação do professor Mauro Luiz Rabelo, decano de Ensino e Graduação (DEG), o resultado positivo deve-se à expansão da UnB. “Aumentamos o número de estudantes e de cursos, e houve também a ampliação e renovação do quadro docente”, avalia.
Na avaliação do professor Mauro Luiz Rabelo, decano de Ensino e Graduação (DEG), o resultado positivo deve-se à expansão da UnB. “Aumentamos o número de estudantes e de cursos, e houve também a ampliação e renovação do quadro docente”, avalia.
Rabelo observa que a melhora no ranking
torna-se mais significativa quando considerado o número de instituições
avaliadas. Neste ano, foram avaliadas 300 universidades, contra 250 em
2012, e 200 em 2011. “O resultado mais interessante é a melhoria da
posição da UnB de 2012 para 2013”, acrescenta.
Além
do aumento do número de professores com doutorado, o reitor Ivan Camargo
atribui o salto no ranking ao trabalho e ao bom desempenho de
professores e alunos, mas considera que a universidade tem potencial
para evoluir. “Não vamos nos conformar com esta posição. Precisamos
figurar entre as dez melhores da América Latina”, afirma.
Fonte: UnB
A pós-graduação produtivista e o processo de alienação. [i]
Por John Araujo (1)
Qual o real papel da pós-graduação? Formar cidadão capaz de transformar a sociedade, ou simplesmente produzir artigos? Neste texto, discuto que a opção oficial tem sido pela segunda alternativa; porém, a consequência desta escolha está sendo a produção de um sistema composto por orientadores e orientandos alienados.
A pós-graduação pode ser analisada sobre diversos olhares, tais como o da agência de fomento, o do(a) gestor(a) (pró-reitoria e coordenação), o do(a) orientador(a), o do(a) orientando(a) e o da sociedade. Seria ideal se todos os olhares fossem próximos (quase iguais), e se todos tivessem o mesmo objetivo, pois conforme Paulo Freire defende, todo processo educacional tem o objetivo de formar cidadão capaz de transformar a sociedade.
Para mim a pós-graduação brasileira tem cada vez mais se distanciado dos ensinamentos de Paulo Freire e rapidamente tem assumido uma perspectiva capitalista. Ou seja, a pós-graduação no Brasil está se assemelhando a uma linha de montagem, em que nós (orientadores e orientandos) temos as mesmas funções de um trabalhador em uma linha de produção, sendo os produtos finais de nossa fábrica educacional, o programa de pós-graduação, a tese e os artigos derivados.
Mas onde realmente está a semelhança entre os dois: uma linha de montagem de uma fábrica e uma formação em pós-graduação? A semelhança está no fenômeno de alienação.[ii] No processo capitalista de uma linha de produção, cada operário executa apenas uma parte do processo de produção, sem ter tido participação nas decisões sobre os objetivos da produção e sobre a real necessidade social do produto final. Desta forma ele não domina o processo que leva ao resultado final, além disso, ele está limitado pelo salário.
Através das ações das agências de fomento e em parte dos gestores, a pós-graduação toma iniciativas inspiradas no modelo produtivista. Hoje temos um sistema de avaliação dos programas de pós-graduação baseado no número de produtos finais e no tempo de produção; ou seja, a medida da eficiência passou a ser o número de produtos e o tempo para realiza-los. Estes dois parâmetros passaram a ser as medidas chaves para a eficiência do processo de formação de recursos humanos em nível de pós-graduação. O processo de formação em si não é mais considerado. Alguns justificam que isto é necessário, pois há uma diversidade de processos de formação possíveis. Considero isto uma verdade, mas o que temos visto é que o atual sistema de avaliação está exatamente construindo um único processo de formação, o baseado em fins exclusivamente produtivistas.
Ainda continuo de braços dados a Paulo Freire, considerando que o objetivo da pós-graduação é formar cidadãos capazes de transformar a sociedade, como cabe a qualquer processo educacional. Atualmente, entretanto, há uma confusão, que para mim é proposital, em que alguns leem no lugar de “cidadãos capazes de transformar a sociedade” o “número de publicações”.
E onde está a alienação? Falo de uma alienação que surge no processo de formação em nível de pós-graduação, pois para maximizar os lucros, ou seja, aumentar ou manter o Conceito CAPES dos programas de pós-graduação, presenciamos duas práticas:
1- Orientadores aumentarem o número de pós-graduandos, diversificando seus temas de investigação, e criando uma verdadeira linha de montagem de dados que se transformam em manuscritos. Dessa forma, a alienação surge da incapacidade do orientador dominar em profundidade o todo do processo de formação, e como resultado os produtos finais são de má qualidade ou defeituosos. Uma evidência de que esta alienação no conjunto dos orientados esteja acontecendo são os últimos casos de trabalhos publicados por autores brasileiros que foram retratados [iii] em decorrência de apresentarem erros grosseiros nas apresentações dos resultados. Na ciência, o manuscrito com defeito é quase sinônimo de fraude ou má conduta.
2- Já o pós-graduando, este vive em um sistema que tem como uma prática comum a divisão e subdivisões do processo de pesquisa e de investigação científica. Nesta estratégia de fatiamento do fazer ciência, fica cabendo à cada pós-graduando apenas uma parte de um todo, e o mesmo fica sem condições de dominar ou conhecer o todo e muitas vezes até o objetivo geral do programa de pesquisa estabelecido pelo orientador. Além disso, está se tornando cada vez comum a prática do pós-graduando fazer parte do seu trabalho em outro laboratório, um laboratório que não o do orientador, as vezes até fora do país. Em alguns exemplos, a análise estatística é feita por outros, tais como outro pós-graduando ou outro pesquisador especializado, e em alguns casos a análise estatística é comprada. Aí surge aquilo que chamo de alienação: o pós-graduando finaliza seu trabalho, publica sua tese, mas não tem domínio das hipóteses, de parte da metodologia ou dos resultados, pois foi outro que fez [iv]. Alguns querem chamar este processo de interdisciplinar, mas eu o chamo de alienação do processo de fazer ciência.
Como reconhecer este processo de alienação entre os pós-graduandos? Para mim, um indicativo está na própria manifestação dos pós-graduandos que se queixam de uma insegurança e ansiedade em decorrência da falta do controle sobre seu próprio trabalho e seu futuro.[v]
Como superar esta alienação? Não tenho todas respostas, tenho sugestões, e gostaria de ouvir os colegas, para que em um próximo comentário possa fazer uma discussão sobre possíveis estratégias para mudar este quadro.
Se atualmente o Brasil precisa de mãos-de-obra especializadas, e se o Brasil precisa urgente de mais doutores, isto não significa somente que o Brasil precise de mais publicações. Mas sim, que nós precisamos de doutores capazes de transformar a realidade brasileira.
Precisamos reconstruir urgentemente o nosso sistema de pós-graduação, ou através do processo de alienação continuaremos como um país desigual e com índices educacionais inaceitáveis para o século XXI.
(1) John Araujo é Médico, Doutor em Neurociência e Comportamento (USP), professor Associado IV da UFRN e pesquisador do CNPq.
Notas
________________________________________
Qual o real papel da pós-graduação? Formar cidadão capaz de transformar a sociedade, ou simplesmente produzir artigos? Neste texto, discuto que a opção oficial tem sido pela segunda alternativa; porém, a consequência desta escolha está sendo a produção de um sistema composto por orientadores e orientandos alienados.
A pós-graduação pode ser analisada sobre diversos olhares, tais como o da agência de fomento, o do(a) gestor(a) (pró-reitoria e coordenação), o do(a) orientador(a), o do(a) orientando(a) e o da sociedade. Seria ideal se todos os olhares fossem próximos (quase iguais), e se todos tivessem o mesmo objetivo, pois conforme Paulo Freire defende, todo processo educacional tem o objetivo de formar cidadão capaz de transformar a sociedade.
Para mim a pós-graduação brasileira tem cada vez mais se distanciado dos ensinamentos de Paulo Freire e rapidamente tem assumido uma perspectiva capitalista. Ou seja, a pós-graduação no Brasil está se assemelhando a uma linha de montagem, em que nós (orientadores e orientandos) temos as mesmas funções de um trabalhador em uma linha de produção, sendo os produtos finais de nossa fábrica educacional, o programa de pós-graduação, a tese e os artigos derivados.
Mas onde realmente está a semelhança entre os dois: uma linha de montagem de uma fábrica e uma formação em pós-graduação? A semelhança está no fenômeno de alienação.[ii] No processo capitalista de uma linha de produção, cada operário executa apenas uma parte do processo de produção, sem ter tido participação nas decisões sobre os objetivos da produção e sobre a real necessidade social do produto final. Desta forma ele não domina o processo que leva ao resultado final, além disso, ele está limitado pelo salário.
Através das ações das agências de fomento e em parte dos gestores, a pós-graduação toma iniciativas inspiradas no modelo produtivista. Hoje temos um sistema de avaliação dos programas de pós-graduação baseado no número de produtos finais e no tempo de produção; ou seja, a medida da eficiência passou a ser o número de produtos e o tempo para realiza-los. Estes dois parâmetros passaram a ser as medidas chaves para a eficiência do processo de formação de recursos humanos em nível de pós-graduação. O processo de formação em si não é mais considerado. Alguns justificam que isto é necessário, pois há uma diversidade de processos de formação possíveis. Considero isto uma verdade, mas o que temos visto é que o atual sistema de avaliação está exatamente construindo um único processo de formação, o baseado em fins exclusivamente produtivistas.
Ainda continuo de braços dados a Paulo Freire, considerando que o objetivo da pós-graduação é formar cidadãos capazes de transformar a sociedade, como cabe a qualquer processo educacional. Atualmente, entretanto, há uma confusão, que para mim é proposital, em que alguns leem no lugar de “cidadãos capazes de transformar a sociedade” o “número de publicações”.
E onde está a alienação? Falo de uma alienação que surge no processo de formação em nível de pós-graduação, pois para maximizar os lucros, ou seja, aumentar ou manter o Conceito CAPES dos programas de pós-graduação, presenciamos duas práticas:
1- Orientadores aumentarem o número de pós-graduandos, diversificando seus temas de investigação, e criando uma verdadeira linha de montagem de dados que se transformam em manuscritos. Dessa forma, a alienação surge da incapacidade do orientador dominar em profundidade o todo do processo de formação, e como resultado os produtos finais são de má qualidade ou defeituosos. Uma evidência de que esta alienação no conjunto dos orientados esteja acontecendo são os últimos casos de trabalhos publicados por autores brasileiros que foram retratados [iii] em decorrência de apresentarem erros grosseiros nas apresentações dos resultados. Na ciência, o manuscrito com defeito é quase sinônimo de fraude ou má conduta.
2- Já o pós-graduando, este vive em um sistema que tem como uma prática comum a divisão e subdivisões do processo de pesquisa e de investigação científica. Nesta estratégia de fatiamento do fazer ciência, fica cabendo à cada pós-graduando apenas uma parte de um todo, e o mesmo fica sem condições de dominar ou conhecer o todo e muitas vezes até o objetivo geral do programa de pesquisa estabelecido pelo orientador. Além disso, está se tornando cada vez comum a prática do pós-graduando fazer parte do seu trabalho em outro laboratório, um laboratório que não o do orientador, as vezes até fora do país. Em alguns exemplos, a análise estatística é feita por outros, tais como outro pós-graduando ou outro pesquisador especializado, e em alguns casos a análise estatística é comprada. Aí surge aquilo que chamo de alienação: o pós-graduando finaliza seu trabalho, publica sua tese, mas não tem domínio das hipóteses, de parte da metodologia ou dos resultados, pois foi outro que fez [iv]. Alguns querem chamar este processo de interdisciplinar, mas eu o chamo de alienação do processo de fazer ciência.
Como reconhecer este processo de alienação entre os pós-graduandos? Para mim, um indicativo está na própria manifestação dos pós-graduandos que se queixam de uma insegurança e ansiedade em decorrência da falta do controle sobre seu próprio trabalho e seu futuro.[v]
Como superar esta alienação? Não tenho todas respostas, tenho sugestões, e gostaria de ouvir os colegas, para que em um próximo comentário possa fazer uma discussão sobre possíveis estratégias para mudar este quadro.
Se atualmente o Brasil precisa de mãos-de-obra especializadas, e se o Brasil precisa urgente de mais doutores, isto não significa somente que o Brasil precise de mais publicações. Mas sim, que nós precisamos de doutores capazes de transformar a realidade brasileira.
Precisamos reconstruir urgentemente o nosso sistema de pós-graduação, ou através do processo de alienação continuaremos como um país desigual e com índices educacionais inaceitáveis para o século XXI.
(1) John Araujo é Médico, Doutor em Neurociência e Comportamento (USP), professor Associado IV da UFRN e pesquisador do CNPq.
Notas
________________________________________
[i] Este texto foi apresentado pela primeira vez durante a arguição da minha mestranda Carolina Carrijo.
[ii] O conceito de alienação aqui apresentado é inspirado em Karl
Marx – Manuscritos econômicos filosóficos (1844) e Elementos para a
crítica econômica política (1857), (A alienação econômica pode ser
descrita de duas formas: o trabalho como (a) atividade fragmentada e
como (b) produto apropriado por outros).
[iii] The Journal of Endocrinology has run a correction for a paper
by Rui Curi, the Brazilian scientist whose lawyers threatened
Science-Fraud.org after the site ran a number of posts critical of
Curi’s work. In:
http://retractionwatch.wordpress.com/2013/02/28/another-correction-for-rui-curi-whose-legal-threats-helped-force-shutdown-of-science-fraud-site/
[iv] Como diria Marx: “o trabalho como atividade fragmentada”
[v] Veja o comentário de Sérgio Arthuro “Depressão na Pós-Graduação e
Pós-doutorado no blog coNeCte
http://blog.sbnec.org.br/2012/10/depressao-na-pos-graduacao-e-pos-doutorado/
e o comentário de Isabella Bertelli “Pós-graduação rima com depressão”
em
http://cienciaemente.blogspot.com.br/2012/11/pos-graduacao-rima-com-depressao.html
FAP libera R$ 5,6 milhões para pesquisadores do DF
Instituição retoma objetivo inicial e se reaproxima de comunidade acadêmica
A Fundação de Apoio à Pesquisa do
Distrito Federal (FAP-DF) assinou a liberação de R$ 5,6 milhões para 29
projetos de pesquisa da Universidade de Brasília (UNB), da Universidade
Católica de Brasília (UCB) e da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa). Os recursos faziam parte de um edital de 2010 da
Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação que só foram liberados agora pela
atual gestão.
O evento para a assinatura dos termos
foi no Salão de Atos da Reitoria e contou com a presença de autoridades e
representantes da academia, entre eles, o reitor da UNB, Ivan Camargo;
do decano de Pesquisa e Extensão, Jaime Santana; do presidente da FAP,
Alexandre Gouveia; do reitor da UCB, Ricardo Mariz; e do deputado
distrital Israel Batista, membro da Comissão de Desenvolvimento
Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo.
Na ocasião, o presidente da FAP, no
cargo desde outubro do ano passado, Alexandre Gouveia, apresentou um
plano de trabalho com metas e desafios para 2013 e 2014. "Estamos,
durante o mês de março, trazendo essa proposta para debater com toda a
comunidade acadêmica. O objetivo é atender melhor aos anseios e
necessidades da área de pesquisa do DF. O plano será colocado em prática
no mês de abril. Este plano anual é a gênese para um planejamento
estratégico de 20 anos, que visa garantir a continuidade do trabalho que
começamos agora", afirmou.
Além de um planejamento estratégico, a
nova gestão da FAP-DF começou um trabalho de aproximação com a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), que vem para contribuir no crescimento institucional. Segundo
Gouveia, a Fundação é a primeira instituição da federação na área de
ciência e tecnologia a se aliar à Unesco.
Para o Reitor da UnB, Ivan Marques, é
fundamental pensar no futuro da pesquisa. "A gente precisa pensar no
longo prazo. Precisamos estar juntos: universidades e parceiros. A
sensação que eu tenho é que essa sala lotada é a demonstração que damos
para a sociedade de que nós estamos dispostos a fazer isso", endossa.
A FAP-DF tem um orçamento de R$ 80
milhões para 2013, isso corresponde a 0,5% da receita corrente líquida
do Distrito Federal, mas o presidente da Fundação, Alexandre Gouveia, já
apresentou uma proposta na Câmara Legislativa para que os recursos
cheguem a R$ 210 milhões em 2014. O deputado distrital Israel Batista
classificou como "conquistas importantes" os recursos já liberados e
disse estar engajado para a ampliação do orçamento da FAP. "O
desenvolvimento das pesquisas precisa desses investimentos", disse ele.
Rede Pró Centro-Oeste
A rede Pró Centro-Oeste foi instituída,
por meio da Portaria MCT/MEC 1.038, de 10 de dezembro de 2009, com
objetivo de consolidar a formação de recursos humanos, a produção de
conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação que contribuam
para o desenvolvimento sustentável da região Centro- Oeste, com vistas à
conservação e uso sustentável dos recursos naturais do Cerrado e do
Pantanal. Estão previstos investimentos de R$ 150 milhões em cinco anos.
Fazem parte do programa os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul e do Distrito Federal (DF).
Fonte: FAP-DF
Governo federal volta a exigir doutorado de docentes | ||
O Diário Oficial da União anunciou nesta quinta-feira (15) a Medida Provisória 614, que restabelece a exigência de doutorado para a admissão de professores em universidades e institutos federais de ensino superior. A medida altera a lei 12.722, de 2012, que equipara o processo de contratação de professores ao dos demais cargos do funcionalismo público, o qual admite a contratação de profissionais sem pós-graduação. De acordo com o decreto oficial, o diploma de doutorado só não será exigido “quando se tratar de provimento para área de conhecimento ou em localidade com grave carência de detentores da titulação acadêmica de doutor, conforme decisão fundamentada de seu Conselho Superior”. Estes casos abrirão exceção para a contratação professores com título de mestre, especialista ou graduado. A determinação anterior foi duramente criticada por alguns movimentos das entidades estudantis e da comunidade científica brasileira, que argumentou que a medida era um retrocesso histórico para o desenvolvimento da pesquisa e da ciência no Brasil. Nesta semana, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comunicou durante audiência pública no Senado Federal que houve um erro na lei que seria corrigido com a publicação da medida provisória. "Nós demandamos à Casa Civil uma medida provisória dizendo o seguinte: para entrar na rede federal, tem que ser doutor. Para não ser doutor, o órgão superior, o conselho universitário, tem que aprovar os casos excepcionais". A medida vem para corrigir o erro técnico do governo, o qual, supostamente, gerou consequências imediatas, como a interrupção de contratações por universidades que discordavam da legislação. De acordo com o novo texto, a carreira do magistério federal será composta por cinco classes, que vão de professor adjunto, assistente e auxiliar (classe A), até professor titular (classe E). O ingresso se dará pela classe A, necessariamente, por meio de concurso público e prova de títulos. Fonte: ANPG
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UnB bate recorde de publicações online Instituição é considerada a 14ª melhor universidade de América Latina e é a sexta do país em ranking internacionalFrancisco BrasileiroDa Secretaria de Comunicação da UnB A UnB subiu cem posições no ranking Webometrics – que mede a visibilidade de universidades de todo mundo na internet – em relação a julho de 2011. Entre as universidades brasileiras, a UnB alcançou a sexta posição e ficou em quarto lugar entre as federais. A conquista é resultado de uma política que combina o aumento das publicações acadêmicas na internet e o investimento na tecnologia da rede de computadores que hospeda as páginas da instituição. Acesse aqui o ranking completo Veja a classificação das universidades brasileiras A internet é hoje uma das principais vias para tornar conhecida por outros pesquisadores e pela comunidade a produção acadêmica da universidade . O ranking só confirma o investimento da universidade nessa divulgação. Para se ter uma ideia, o número de downloads de pesquisas e textos acadêmicos armazenados no Repositório Institucional da UnB (RIUnB) aumentou 36% entre 2010 e 2011, enquanto a quantidade de consultas online a esses mesmos documentos cresceu 19%. No total foram mais de 2,2 milhões de downloads e consultas só em 2011. Acesse as estatísticas do RIUnB no site da Biblioteca Central (BCE) Neide Gomes, diretora interina da BCE, explica que um dos quesitos avaliados pelo Webometrics é justamente a quantidade de documentos de livre acesso disponíveis na rede – pesquisas que podem ser encontradas diretamente pelos buscadores da internet, sem que seja necessário entrar no site da instituição. “Esse indicador mostra que a produção acadêmica na universidade tem cada vez mais visibilidade”, conta. “Foi isso que permitiu que nós crescêssemos no ranking”. A classificação é organizada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), instituição de pesquisa espanhola, e é divulgado duas vezes ao ano: em julho e janeiro. No total, 12 mil universidades foram avaliadas no ranking de janeiro. EXCELÊNCIA – Para o reitor em exercício da UnB, João Batista de Sousa, o resultado reflete o crescimento acelerado da UnB. “Nós aumentamos consideravelmente nossa produção, hoje temos os campus de Ceilândia, Gama e Planaltina produzindo pesquisa junto com o campus Darcy Ribeiro”, afirma. Para a decana de Pesquisa e Pós-Graduação “esse dado demonstra a excelente inserção do que é produzido na UnB em termos de mestrado, doutorado e publicação de artigos científicos”. O número de documentos publicados no RIUnB somados ao Banco Digital de Monografias – que reúne os trabalhos de conclusão de curso de graduações e especializações – chega a 11,3 mil. “O sucesso das bases reflete a campanha que fazemos junto aos pesquisadores para que eles divulguem seus trabalhos online”, afirma Neide. Ela explica que de posse de um software adequado o próprio pesquisador pode publicar as pesquisas nos repositórios da UnB. “Com a iniciativa do pesquisador, essa divulgação pode ser feita em um tempo menor, já que dispensa a intermediação da BCE”. Neide explica que as publicações de acesso livre pesam em dois dos quatro indicadores utilizados no ranking Webometrics. Os quesitos são: o tamanho (size), que mede o número de páginas da universidade que são recuperadas por meio de buscas no Google; a visibilidade (visibility), que indica o número de sites com links para páginas da instituição; o schoolar, produção acadêmica acessível na internet; e o rich files, arquivos de documentos em vários formatos armazenados em sites da UnB. “As pesquisas divulgadas na rede influenciam diretamente nos quesitos schoolar e rich files”, afirma. Fonte: UnB |
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